Não são raros os momentos em que nosso intelecto, nossa razão, sabe com clareza oque temos de fazer. Mas, só o fato de termos esse conhecimento, não é garantia de que realizaremos tal ação, ou de que ocorrerão mudanças em nossa vida. É necessário um empreendimento maior, e isso me parece que tem a ver com a decisão de percorrermos um caminho, ou melhor, O Caminho.
A Bíblia retrata a história de Rute, alguém que não só conheceu o caminho, mas que foi além: percorreu o caminho e contribuiu, de forma efetiva, para a história de Israel, e isso só foi possível pela opção que ela fez, que poderíamos traduzir segundo sua declaração de fé: “o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus”.
Essa escolha foi feita com coragem e determinação, sem que seus interesses pessoais tivessem prioridades. Foi uma opção em que o amor pelo outro, nesse caso representado por Noemi, prevaleceu.
As decisões de Rute tiveram como conseqüência sua inclusão na linhagem de Jesus.
“Assim, voltou Noemi da terra de Moabe, com Rute, sua nora, a moabita; e chegaram a Belém no principio da sega da cevada”. Esse caminho em direção à Belém se concretiza em um objetivo maior: “é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o senhor” (Lc 2.11)
O modo como falamos sobre Deus está impregnado em nossas circunstâncias de vida, nossas esperanças, alegrias, dores, enfim, em nossas representações que construímos em função da relação com os outros. Então, vamos buscar sempre uma aproximação com o Senhor, sua Palavra e, consequentemente, com nossos irmãos. Assim o falar sobre Deus terá um toque de intimidade e a confirmação constante de que além de conhecermos o Caminho, fizemos à opção de percorrê-lo.
Ana Maria dos Santos Teixeira